Primeiro toque da manhã - o despetalar primeiro da primavera:
"que estou sempre contigo"
é a sensação mesma do verão de outrora quando procurava nos rastros da rua tua companhia teus ouvidos tua voz...
é que a geografia agora é outra, e a fisionomia é mudança, e na espiral doida dos pensamentos
penduramos - nossas - carcaças
não é questão de tempo - o aqui e agora não existe, como insistiam nossos tutores da raça - o tempo é movimento, e quem move são nossos rostos rasgados pela luz, nossos cabelos comprimidos pelo vento, nossos pés se movendo em sangue e lágrimas...
e já não é mais isso
- onde quer que repouse em teu sono é lá ainda que deves despertar -
mas, quem sabe não estejam certos os que dizem, amanhã é outro dia... tão fácil constatar na matemática as operações egípcias... mas na vida é tão mais difícil, multiplicar, dividir e zerar na equação...
se eu posso, compreenda, porque agora falo comigo mesmo:
PONDERA mas esquece de entender
esquece o livro das virtudes, esquece teus planos, esquece do que
era
para
ser...
- 'olha pro movimento em movimento dentro do movimento' -
(e que sejam estes teus pés)
... e a Beleza então será como a marca de um ferro quente na carne de nossa Quimera
28.11.11
17.11.11
Κάθαρσις de catarse
Eu sinto quando sinto:
quando sinto
ela se aproximando,
é pela perfumaria que sei
pelo olor
que primeiro me enjoa
pelo nojo do cheiro suave que ela traz pela cona
que me revolve as tripas
e me barganha -
(satisfazendo o desejo não me mata a fome)
ao entrar pelas narinas seu odor me retorce a traquéia
me bloqueia o espírito e introduz alí
-onde deveria haver vida-
dançarinas pílulas ula-ula:
DiArREiniNA-feLicIdiNA
um extrato abstrato do que devia ser
e não é
e do doce bálsamo do paraíso memorial
resta apenas o macaco:
adão à pururuca
sangue indigesto da beleza
sacristão da indiferença
eis-me alvo
sentado e higienizado
refrescado pela água na bunda
grega e saltitante
: a merda afogada :
é uma tragédia purificante!
quando sinto
ela se aproximando,
é pela perfumaria que sei
pelo olor
que primeiro me enjoa
pelo nojo do cheiro suave que ela traz pela cona
que me revolve as tripas
e me barganha -
(satisfazendo o desejo não me mata a fome)
ao entrar pelas narinas seu odor me retorce a traquéia
me bloqueia o espírito e introduz alí
-onde deveria haver vida-
dançarinas pílulas ula-ula:
DiArREiniNA-feLicIdiNA
um extrato abstrato do que devia ser
e não é
e do doce bálsamo do paraíso memorial
resta apenas o macaco:
adão à pururuca
sangue indigesto da beleza
sacristão da indiferença
eis-me alvo
sentado e higienizado
refrescado pela água na bunda
grega e saltitante
: a merda afogada :
é uma tragédia purificante!
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