primeiro dos sonhos
depois das promessas
depois de nós
depois de ti
e agora
desisto
de
m
i
m
d
a
q
u
i - n t e s
s
ê n
c i a
o primeiro dos sonhos: a matéria insonhável -
de espreitar da sombra agarrado a um poema irlandês
sem cafés cigarro ou sorte - nem silêncios vem
uma imitação desafinada do vôo de um pássaro
primeira violeta a arrebentar a aurora
depois das luas perdidas duas melodias
depois do depois, que inventar do porvir?
de ouvir canções perdidas também me perco
entre meias medidas e vozes imelodiáveis
num estranho rústico alçar de asas
som que persegue no encalço
o sonho - que foi o primeiro dos meus sons
... e a Beleza então será como a marca de um ferro quente na carne de nossa Quimera
27.3.11
14.3.11
de Paris
café frio pra que nem cabem na cabeça de ninguém
conversas de arrancar fora as horas e os versos do chapéu
uma tragédia que se derrama no pão depois de trigo
ninguém mais lembrará da foice das guilhotinas
dos silêncios; bárbaros como só compete a nós
sermos; fome que conhece a nós seres de uma estratosfera mínima
enxugada da memória e repousada no tempo.
(tudo isso me lembra a Paris que não conheço)
cachorros borrachos deprimem a paisagem de setembro; e o que falamos no jardim
esta manhã, será necessário fingir que não,
recostados para a Avenida do Mal-Estar na Civilização, como tíquetes
de um espetáculo já assistido - Orfeu e Annabele -
devemos nos esquecer também num passeio urbano, deixar-se findar
num cimento castanho-escuro: legado de teus pés;
tudo isso porque não pudemos ser esquecidos pelo esquecimento
um pelo outro e pelo tempo que ainda temos...
conversas de arrancar fora as horas e os versos do chapéu
uma tragédia que se derrama no pão depois de trigo
ninguém mais lembrará da foice das guilhotinas
dos silêncios; bárbaros como só compete a nós
sermos; fome que conhece a nós seres de uma estratosfera mínima
enxugada da memória e repousada no tempo.
(tudo isso me lembra a Paris que não conheço)
cachorros borrachos deprimem a paisagem de setembro; e o que falamos no jardim
esta manhã, será necessário fingir que não,
recostados para a Avenida do Mal-Estar na Civilização, como tíquetes
de um espetáculo já assistido - Orfeu e Annabele -
devemos nos esquecer também num passeio urbano, deixar-se findar
num cimento castanho-escuro: legado de teus pés;
tudo isso porque não pudemos ser esquecidos pelo esquecimento
um pelo outro e pelo tempo que ainda temos...
8.3.11
Poema inacabado (continuar)
cansado, não possuo mais forças pra me livrar do que odeio: em mim - o rosto não é mais do que uma injúria
os pés estão trôpegos e sem possibilidades de conforto num leito prometido por uma idéia ingênua de felicidade...
alguém no ranço fácil da cortesia
que acalma, e talvez saiba mentir melhor que o sorriso de uma mulher melancólica
você
sussurrando
por trás das cortinas
- estou agredido pela lembrança -
a minha última notícia de pensamentos bons?
o salto por trás da razão pura
estávamos escondidos
eu
e
tu
acéfalos e impacientes, crendo que talvez somente inocentados pudéssemos
...continuar...
os pés estão trôpegos e sem possibilidades de conforto num leito prometido por uma idéia ingênua de felicidade...
alguém no ranço fácil da cortesia
que acalma, e talvez saiba mentir melhor que o sorriso de uma mulher melancólica
você
sussurrando
por trás das cortinas
- estou agredido pela lembrança -
a minha última notícia de pensamentos bons?
o salto por trás da razão pura
estávamos escondidos
eu
e
tu
acéfalos e impacientes, crendo que talvez somente inocentados pudéssemos
...continuar...
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