ISto não é a fruta que cai ao pé
THEsde que ontem é ontem
WAY
OFF
quilômetros corridos até o início da humanidade na
volta, no tempo que demora a volta, os homens já comem pílulas de ninar, já
ontem já hoje, já fazem xixi pelas mãos e já horam pelas plantas dos pés
partículas de retilíneas dobras numa reta sem freios sem abnegações absolvições
ab omnis arrancados a pêlo pelas guelrras e pelas pilhas alcalinas e pelintras
e esquecidos apelos de socorro e pelados como sapiens corroídos pela própria
parafernalha de peregriNações
LIBERTÉmo-nos uns aos outros
Como a ti
mesmo
EGALITÉ como protótipo de igarapé
e Bebemos, compay!
FRATERNITÉ em fraldas de pano
pra
dormimumificar que serás tamém
(...ou
la mort...)
Quem benflogin de dia de noite saberás o
que tem: - meia dúzia de panacas dobrados pelos
cotovelos matraqueando malmequeres bemmequeres pela E Costa e Silva, amém
- E nem tão domésticos - dizem as más línguas
enquanto isso
as boas línguas se roçam nos botecos ao
redor das lantejoulas e das lajotas
...DAQUELAS LAJOTAS ONDE SERIAM ARREMESSADAS CABEÇAS
1 Esmagadas cabeças
2 Cortadas cabeças
2.1 cabeças da família Diniz, família Gherdau, família Marinho,
família Safra, família Ermírio de Moraes, família Moreira Salles, família
Camargo, família Villela, família Maggi, família Aguiar, família Batista,
família Odebrecht, família Civita, família Setúbal, família Igel, família
Penido, família Feffer, família Batista, família Lemann, família Santos...
e perdemos o fio da meada, o fio navalha, o fio da história...
De onde estávamos gaivotas pousados na
rússia
o lirismo da morte pairando
parávamos nos dramas cômicos
parnasiávamos consignados
parangolés e chocalhos
chocolates e mocasins
pés fígados e rins
enfim aquela que seria a ópera dos Coronéis
em tonéis de vinho e ólhos de rícino
Que já podeis da pátria...
do que resta o início
o fim
o
½
a fórmula
sagrada da nossa a(proxim(a)ção)
(E=M.C² < D-M-D') ...luz, câmera, ação!...
o porvilho derivado de uma sombra de bonsai repousada no adjunto
adverbial próximo a axila esquerda por bem ou por mal intencionalmente diverso
das esquinas das estrelas se nem bem elas nem mal sem trelas na arquitetura
imponderável de nossas considerações sabemos não são nem constelações nem
abraços nem fugas nem distrações que nos fazem cócegas nem nos rezam crer que a
rusga entre as nesgas de luz cortantes de antes e de após esfregantes e lisas
impassáveis e impassivas de quanto em quanto é o quanto omitimos
íntimosdescidos
de uma ladeira cadente
contra os múltiplos olhares sentados
do boulevard ao lado
derretidos em cadeiras quentes
(de cérebros amanteigados e lábios moles) comendo petit gâteaus
- tão pouco felinos! -
(como um gato bourgeois)
como num sonho intencional
nascido de um riso risonho
i n t e r n a c i o n a l
visão de São Paulo vista de baixo
a cidade
renascida na náusea de uma flor
Negros e pardos tardios
Amarelos e furta-cor
As ruas de antes - incandescidas em nomes labirintos
de crianças natimortas
Hoje
atravessadas pelos varais da história - KMs de cordão com roupas de meninos-folião -
d e p o n t a a p o n t a
estendidos atlânticos com nossas roupas de baixo pacíficos
como proles de uma Lilith Vermelha
tomando o Éden em seus quadris
repletas de famílias trópicas
chinos blancos rojos y negros multicôr
deslizando às multidões
em samambaias
dançando florenascentes
pelos Jardins
Jardim Europa, Jardim América, Itaim
sambando em Cerqueira César
lajeando as mansões de Salomão
declamando na Avenida Escola Central
PASME o CÉU a PAZ na TERRA
Inventando a máquina do mundo
e o sentimento de ser capaz sentí-lo
como Raimundo
Com o temperamento
das sístoles e diástoles
da primeira pessoa do verbo
no plural
Com a mesma facilidade que sentem
as crianças
Com a mesma imensidade que arde
no entresonho
das necessidades humanas
tão largas
elásticas e
francas