Alas!, poor Mercucio!
Eu o conheci...
O planeta Mercúrio.
H e r m e s - v e r m e s - h o c u s - p o r c o s !
eu não possuo atmosfera – eu transpiro
existe o sossego
e eu exijo o êxtase
e existe, entre uma coisa e outra – o ar
um medo inominável
e um riso
depois da outra vez
outras coisas assim, mais ou menos indizíveis
indivisíveis
um rancor e um soco não traduz: Alas!
- a melhor maneira é ser anjo.
UM ANJO DESPIDO
PROTESTAVA:
NÃO COLHIA UVAS –
DUVIDAVA DO VINHO!
Milton dizia...
O que eu sinto
O que ainda sei o que seremos depois disso tudo
seremos um outro depois
E depois o depois.
“...e depois”, temia a órbita presunçosa com a sandália na mão e o coração na ponta da língua...
parecia um transgressão como qualquer outra das oitenta e oito praticadas diariamente pela liturgia do ver ou não ver agora tudo apagado
desperdício de tempo
porque o mundo
já não tem idade
uma órbita de oitenta e oito dias
ma-u ta-bi-ór de ta-ten-oi e to-ôi as-di
e uma dor maior:
- NÃO TE MATARÃO MAIS DO QUE JÁ FOSSES CADÁVER.
não foi sonho?
A l a s. A l a s. A l a s. A l a s. A l a s.
não foi sonho?
A alma não deixa rastros.
escoa
límpida
serena e ociosa
não se parece com a gente?E não se parece com a gente.
a gente parece um peido seco.
Sonhei que EM TEMPO DE SAFRA DESENTERRAR-ME-IA OS PÉS DA TERRA E – TOMA-ME!
ENTREGUEI-LHE MEU SANGUE E O TRIGO ELOQÜENTE.