16.7.13

de Mercuccio!

Alas!, poor Mercucio!

Eu o conheci...

O planeta Mercúrio.



H e r m e s - v e r m e s - h o c u s - p o r c o s !




eu não possuo atmosfera – eu transpiro

existe o sossego
e eu exijo o êxtase
e existe, entre uma coisa e outra – o ar

um medo inominável
e um riso
depois da outra vez
outras coisas assim, mais ou menos indizíveis
indivisíveis

um rancor e um soco não traduz: Alas!

- a melhor maneira é ser anjo.

UM ANJO DESPIDO
PROTESTAVA:
NÃO COLHIA UVAS –
DUVIDAVA DO VINHO!

Milton dizia...

O que eu sinto
O que ainda sei o que seremos depois disso tudo
seremos um outro depois

E depois o depois.


“...e depois”, temia a órbita presunçosa com a sandália na mão e o coração na ponta da língua...

parecia um transgressão como qualquer outra das oitenta e oito praticadas diariamente pela liturgia do ver ou não ver agora tudo apagado

desperdício de tempo
porque o mundo
já não tem idade

uma órbita de oitenta e oito dias
ma-u ta-bi-ór de ta-ten-oi e to-ôi as-di  

e uma dor maior:
 - NÃO  TE  MATARÃO  MAIS  DO  QUE  JÁ  FOSSES  CADÁVER.

não foi sonho?

A l a s. A l a s. A l a s. A l a s. A l a s.


não foi sonho?
A alma não deixa rastros.

escoa
límpida
serena e ociosa
não se parece com a gente?E não se parece com a gente.

a gente parece um peido seco.

Sonhei que EM TEMPO DE SAFRA DESENTERRAR-ME-IA OS PÉS DA TERRA E – TOMA-ME!
ENTREGUEI-LHE MEU SANGUE E O TRIGO ELOQÜENTE.