27.9.10

de 'Proclamation sans PRETÉNTION'

Perdoe-me por ser teu...

chorosamente debruçado
em tuas malhas amorosas
soluçando o calor da minha bílis
maculando teu seio carinhoso
com as farpas imaginárias
de minhas imprecações odiosas
ao mundo!

Teu amor é uma sacra alcova
e eu, um afortunado hóspede
trago mal-agradecido
iníquos demônios desabrigados
para o teu leito de infinitas delícias.

             E não me odeias por isso.

Teu peito é feito
da mais sutil das matéria bondosas
e não se arriscam teus lábios
a misturar-se às minhas injurias
     cheias de som e fúria.

Meu vicio indolente é feito
graça no teu corpo fértil de candura

     Me amas  -   E não me perdoas por isso...