Amarelaço-me
nas tuas idas e vindas:
MEUSteusTODOS
olhos gato de lince laceando lábios de bote cego
Meus genes
Gengis khan
dobrando gengivas
na esquina da história
- Envelhenascem -
E o que irrompe da ferrugem AGORA
é um soldadinho amarelo
com girassóisPÉS
atrás das orelhas murchas
(Marcha do tempo sobre as coisas imponderáveis)
nem hai kai que dê conta
na ponta da caneta BIC
modos unívocos DE NÃO DIZER
o absoluto
o nada
através das grafias pretas DE MONTE
emprestadas das prateleiras imprestáveis
das que tínhamos algo pra dizer
pra passar horas
destas mesmas páginas
que ficaram amarelas
(nem digo)
Que já dizer algo compromete...
Penso em apenas
FUJI E NEM ASSIM
porque
somente
sinto
... e a Beleza então será como a marca de um ferro quente na carne de nossa Quimera
18.11.15
25.9.15
de Gotas
Gotículas respingando.
Há ainda uma sensação de frio e de memória.
Estamos condensados pelo tempo,
pêlos eriçados,
e pelo vir a ser...
Somos mais que nós mesmos
e estamos outros,
quando no quarteirão seguinte pretendemos seguir adiante.
e vemos Orfeu dançando no fio da navalha compondo valsinhas...
anjos trôpegos cheirando éter
quando caíam do céu ,
os bêbados elevavam os pés
e não pisavam na gente,
naquela hora
só os que sabiam dizer não
podiam dizer nossos nomes...
E a voz lubrificada e múltipla,
sibilava entre o frenesi
e a gota...
Há ainda uma sensação de frio e de memória.
Estamos condensados pelo tempo,
pêlos eriçados,
e pelo vir a ser...
Somos mais que nós mesmos
e estamos outros,
quando no quarteirão seguinte pretendemos seguir adiante.
e vemos Orfeu dançando no fio da navalha compondo valsinhas...
anjos trôpegos cheirando éter
quando caíam do céu ,
os bêbados elevavam os pés
e não pisavam na gente,
naquela hora
só os que sabiam dizer não
podiam dizer nossos nomes...
E a voz lubrificada e múltipla,
sibilava entre o frenesi
e a gota...
27.8.15
de Treins
Nesta manhãzinha paulisvairada e fria
cordiauréola de leviatãs de bucho lotado
Nevoam milhares de UBERMENSCH
juntos da fumagada do primeiro cigarro
7:39 jantaram
os chineses?
Metano Amônia Hidrogênio
(Trindade Dessantificada)
Aminoácidos!
Hecrálitos!
Esquinas desarranjadas ao meio...
9:44 homens peidados
ironizam em saxão.
estamos abraçados pela cordilheira dos andes, meu bem...
- Há três semanas daqui
os pintassilgos
bicam os
olhos-mamilos
de Platão -
Aos pés do Monte Fuji estremecidos de radioatividade:
PRENÚNCIO DE GUAIANAZES
- basta um trilho de trem
que ligue o centro
ao meu coração
cordiauréola de leviatãs de bucho lotado
Nevoam milhares de UBERMENSCH
juntos da fumagada do primeiro cigarro
7:39 jantaram
os chineses?
Metano Amônia Hidrogênio
(Trindade Dessantificada)
Aminoácidos!
Hecrálitos!
Esquinas desarranjadas ao meio...
9:44 homens peidados
ironizam em saxão.
estamos abraçados pela cordilheira dos andes, meu bem...
- Há três semanas daqui
os pintassilgos
bicam os
olhos-mamilos
de Platão -
Aos pés do Monte Fuji estremecidos de radioatividade:
PRENÚNCIO DE GUAIANAZES
- basta um trilho de trem
que ligue o centro
ao meu coração
21.8.15
de arquiteturas tuas (para Erika)
Te penetro
como
gota
a
gota
de um telhado caiado
e
sem
frestas
- sei do frio triste
fio de saliva
seiva
e sal...
(seco no cal de ARGILA E CIMENTO) - ar fresco
sem muros -
e se piso no frio da pedra de tua morada
chuva desabrigada
entrando
em atrito
granito
estalactite
ametista
estala!
Força esférica arredondando brechas
(arquejos)
frejos escorrendo
fissuras
decantando
nós...
Aperfeiçoando a forma mais bruta, assim
como gota
quando
te
sereno
como
gota
a
gota
de um telhado caiado
e
sem
frestas
- sei do frio triste
fio de saliva
seiva
e sal...
(seco no cal de ARGILA E CIMENTO) - ar fresco
sem muros -
e se piso no frio da pedra de tua morada
chuva desabrigada
entrando
em atrito
granito
estalactite
ametista
estala!
Força esférica arredondando brechas
(arquejos)
frejos escorrendo
fissuras
decantando
nós...
Aperfeiçoando a forma mais bruta, assim
como gota
quando
te
sereno
5.8.15
de Canção dos Inflamados II
Aos Andrades e Bandeiras
Farto do amor é:
das receitas
Só a dos Aimorés!
como modelo
e cópula
(comer
naturalmente!)
“Se lamber sacos
Eat-os”
Jorrados numa
JantaFonte de beiços e tecidos
Farto das letras:
Incursivas
e achatadas
à forja
- [ódjiau] poema que não foge ao estilo –
Devorar a transformargem das éclogas
e das cloacas
matar
a Serpente binária
mostrar o pau
e por à mesa
Farto
das mentes multipluriôcas!
(recheadas
de danônes e davênes)
Sorte dos que não tem pênis
E dos que roçam pelos no luar
Dos que lançam molotovs
Na mesa de jantar
Farto da sardinha na boca da foca que rima
(nocaute,
futebol, e fadas madrinhas!)
Sorte dos que não vão ao SESC
Dos que nus a pelo
Descobrem-se no inverno
E derivam-se de carícias
Farto
do poema cabisbaixo:
Do Bem-estar-social da palavra
Farto da
língua que não roça as nuvens
Que não embaça as janelas
(de
eros de polióxidos de carbono)
Da Katharsis
sem beijo grego
Da São Paulo sem garoa
E da
metrópole D’Atenas
Farto do pensamento que não produz secreção
Farto do pensamento que não produz secreção
Farto da página que não vaza:
Das que
não são negras nem vermelhas
E
amarelas
Comer
com os Aimorés
Comer o amor
Comer a razão (que é aumentativo de raso)
Comer a dentadas tudo o que é material
Serafins e Tranca Ruas
Comer a mão que faz o poema
E comer o poema
Mastigar
Deglutir
E fazer da boca
O
berço
Do
imponderável
23.7.15
de Dente de leite
extraído o dente de leite
na palidez do dia ido
esfregaço
têmpora
castiço (esquecido de Minos)
– Labirinto semântico –
que
sem as liturgias
nem as kapitais
que ainda quente
(derramado entre as coxas)
sem sístoles
nem diástoles
e por mais que o tempo deitasse quieto tuas mordidas de touro albino
as estrelas
nem assim
penetrariam teu nome
12.6.15
de Juncos
me empresta aquele dia
em que me atiraste ao rosto
o junco - resto daquilo que foi flor
como se me devolvesse cego
perdido do que deveria me pertencer
mas que não é meu
porque dormia quando o perdi
e durmo ainda - que é no sonho que lembro
daquele dia emprestado
da cova que cavamos prum jardim
lembra? foi ali que nos enterramos
pés de algodão, adubo de Abel verde
dorso de formigueiro, cupim
como bolo de carne em meio as folhagens
durmo mais fundo que o sono
lá onde os mortos não vão
lá onde os sonhos são molhados
onde as aguas são vermelhas
e não ha seiva nem sangue
somente os olhos que borbulham
nem ha fe nem razão nem emoção
somente cílios cerrados
que são como raízes mínimas
rasgando a semente
forjando o fruto e os membros
que se dobrarão joelhos diante de ti
abraços que se alongarão no horizonte
e a boca que será brutal com a gente
com dentes língua e silêncios
com a mordida incerta na altura da nuca
e o sono chegando pra este sonho
porque é nele que me lembro
do minuto emprestado
da cova que cavamos
e do junco - ah o junco!
resto daquilo que foi flor
em que me atiraste ao rosto
o junco - resto daquilo que foi flor
como se me devolvesse cego
perdido do que deveria me pertencer
mas que não é meu
porque dormia quando o perdi
e durmo ainda - que é no sonho que lembro
daquele dia emprestado
da cova que cavamos prum jardim
lembra? foi ali que nos enterramos
pés de algodão, adubo de Abel verde
dorso de formigueiro, cupim
como bolo de carne em meio as folhagens
durmo mais fundo que o sono
lá onde os mortos não vão
lá onde os sonhos são molhados
onde as aguas são vermelhas
e não ha seiva nem sangue
somente os olhos que borbulham
nem ha fe nem razão nem emoção
somente cílios cerrados
que são como raízes mínimas
rasgando a semente
forjando o fruto e os membros
que se dobrarão joelhos diante de ti
abraços que se alongarão no horizonte
e a boca que será brutal com a gente
com dentes língua e silêncios
com a mordida incerta na altura da nuca
e o sono chegando pra este sonho
porque é nele que me lembro
do minuto emprestado
da cova que cavamos
e do junco - ah o junco!
resto daquilo que foi flor
7.6.15
de Boreais
Aurora dentro da noite
boreal
e alétheias sussurradas
nem paredes vento perto
quando boca e olhos
agora quando já constelavam
quando bicos e tesos (agora)
quando nem imaginação
quando muito...
distraídos
em busca de um outro tempo
perdidamente outro
noite fugidia: que
de memórias poderia
e aindagora ser
- horizonte - ser
de aquidentro ser
alargado
como se aurora de boreais
- horizonte - ser
de aquidentro ser
alargado
como se aurora de boreais
4.5.15
de MiniGeoPolítica
20:15. Um geógrafo descia pela Rua Augusta. Parou para reamarrar seu All Star branco. Enquanto se amarrava em fazer laços, olhou curioso a formação geológica das pedras descoladas do calçamento - fissuras sucessivas. Do outro lado da rua, os moleques descalçados juntavam estrelas enferrujadas para descolar mais, além das logias - Oxi - (fissuras).
25.3.15
de (para) J
Tem um pouco de não falar muito pra te desenhar só com os olhos
te transcrevo na folha que fica guardada no som das folhagens
que como o vento se move de lá
pra
dentrantes e após
e se não te falo muito é porque te ouço
e só isso é muito de te dizer
(de falar de você)
c'amigo
- simples presença imanescente-
era setembro e sonho quando te soube
vindouro de não caber na imaginação
Só quando a outona vista
quando me respirou os olhos, e te fez em mim
quando nos inventivemos cara a cara
é que crescendo descendeu e cotinotivamente me transgrediu a linguagem
pouco a pouco
me rebatizei em ti
na sua pequeniníssima estatura
e agigantou as horas
e as significações
de todas as noites-
auroras
te transcrevo na folha que fica guardada no som das folhagens
que como o vento se move de lá
pra
dentrantes e após
e se não te falo muito é porque te ouço
e só isso é muito de te dizer
(de falar de você)
c'amigo
- simples presença imanescente-
era setembro e sonho quando te soube
vindouro de não caber na imaginação
Só quando a outona vista
quando me respirou os olhos, e te fez em mim
quando nos inventivemos cara a cara
é que crescendo descendeu e cotinotivamente me transgrediu a linguagem
pouco a pouco
me rebatizei em ti
na sua pequeniníssima estatura
e agigantou as horas
e as significações
de todas as noites-
auroras
20.3.15
de E. também de mim
E encontrei as flores que descem e sobem
e as marcas
e de quando as estações e as noites
ameaçam as fronteiras
do sonho
e o céu ali
inquieto e debaixo do tapete
consegue sussurrar as paredes
e as rosas
e alguma coisa
ou
outra
sobre vc
e
sobre mim
e as marcas
e de quando as estações e as noites
ameaçam as fronteiras
do sonho
e o céu ali
inquieto e debaixo do tapete
consegue sussurrar as paredes
e as rosas
e alguma coisa
ou
outra
sobre vc
e
sobre mim
19.3.15
26.2.15
de Outros
Entre
Outros
saio de Mim
- jejum e autofagismo - (cúspide da célula)
e mesmo assim
a ponta do cigarro não Nos toca
...se ficamos no filtro do trago? não sei...
satis
feito
alamedas
ENTRE
o coração
de UM encouraçado
tão longe e tão perto
E no fim
os alemães gritam
em alemões:
- evoé, margrite!
...é OUTRO...
enquanto isso fis-
-suras
nos transvessam
o que silenciamos
- (não é silêncio) -
desfalamo-nos
Outros
saio de Mim
- jejum e autofagismo - (cúspide da célula)
e mesmo assim
a ponta do cigarro não Nos toca
...se ficamos no filtro do trago? não sei...
satis
feito
alamedas
ENTRE
o coração
de UM encouraçado
tão longe e tão perto
E no fim
os alemães gritam
em alemões:
- evoé, margrite!
...é OUTRO...
enquanto isso fis-
-suras
nos transvessam
o que silenciamos
- (não é silêncio) -
desfalamo-nos
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